A chacina de cinco policiais militares cometida por  Virgulino Ferreira da Silva, o famoso Lampião, e seu bando no povoado de Brejão da Caatinga, zona rural de Campo Formoso (BA), completa 93 anos nesta segunda-feira (04).

No domingo (03), estudantes e os professores Pedro Oliveira e Suzana Jatobá da Extensão do Colégio Estadual do Campo de Campo Formoso fizeram um ato em Brejão para rememorar e homenagear os policiais mortos durante o massacre.

Um cruzeiro e placas com o nome dos soldados foram confeccionados e instalados no local em que ficaram sepultados por cerca de uma semana, à época do crime, e também na área da cena do crime, hoje praça Central do povoado.

” 4 de julho será a data para homenagear todos os policiais, não só os que foram mortos, mas os que estão na ativa. Ano que vem, pretendemos  fazer uma programação, inclusive com desfile cívico”, comentou o professor Pedro, um dos idealizadores.

O ato do domingo teve a participação  do tenente Leonardo, sargento Luciano,e soldados Erick e Mascarenhas da 54ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) de Campo Formoso (BA),  e do professor e historiador José Carlos Martins, que também foi homenageado por pesquisar a passagem do cangaço em nossa região.

É de conhecimento de todos os pesquisadores e historiadores do assunto cangaço e por que não dizer, faz parte da história do município de Campo Formoso, mesmo de uma forma triste (…) Saí emocionado do Brejão da Caatinga, um ato que realmente me surpreendeu ontem. Todos estão de parabéns”, disse o historiador José Carlos Martins em entrevista à reportagem da 98 FM.

O bando de Lampião matou o cabo Antônio Militão da Silva e os soldados Pedro Santana, Cecílio Benedito da Silva, Manuel Luiz de França e o Leocádio Francisco dos Santos.

O fato ganhou repercussão nacional em 1929 e até hoje é pesquisado por estudiosos de várias universidades do Brasil.

Fotos: Pedro Oliveira e Historiador José Carlos

Redação do site da 98 FM